Automóveis podem ficar até 24,9% mais caros neste ano
IPI e itens obrigatórios elevam preços
A maior parte dos brasileiros pesquisa muito antes de partir para a decisão de comprar um carro novo. O investimento é alto e, por isso, tanto o modelo como o momento da compra precisam ser cuidadosamente escolhidos. Os preços variam mês a mês. No entanto, este ano os reajustes podem ser maiores. A volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a obrigatoriedade do airbag e dos freios ABS e a correção da inflação podem provocar, na pior das hipóteses, segundo o mercado, aumentos de até 24,9% no preço dos veículos.
Com sorte, serão poucos os automóveis que vão sofrer simultaneamente com as três novidades do ano. Isso porque, já em 2013, 60% dos modelos já saíam das fábricas com o airbag e os freios ABS — itens que se tornaram obrigatórios a partir deste ano para todos os veículos novos.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), essa obrigatoriedade já adicionaria em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil no preço dos modelos. No ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou que a decisão tornaria os carros entre 5% e 8% mais caros para o consumidor final no país.
Também foi o ministro que trouxe a outra notícia: o retorno da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados pesaria sobre os valores este ano. No caso dos veículos 1.0, a alíquota passou de 2% para 3% em janeiro e possivelmente chegará a 7% em julho. No caso dos carros com motores 1.0 a 2.0 flex, a alíquota subiu de 7% para 9% no mês passado e pode chegar a 11% no meio do ano.
A Anfavea fez as contas e constatou que para cada ponto percentual a mais na alíquota do imposto, o impacto nos preços dos veículos será de 1,1%.
